
LÓKI NA PISTA
LÓKI NA PISTA Apaixonado por motos, o mutante Arnaldo Baptista se reencontra com seus comparsas de motor Em 1970, Mutantes
Como um Camaro 1971 financiou o nascimento da rede Papa John’s, e como ele retornou triunfante décadas depois.
Você sabia que uma das maiores redes de pizzaria do mundo só existe porque um carro antigo foi vendido? A história parece improvável, mas é absolutamente verdadeira, e emociona qualquer apaixonado por antigomobilismo. Antes de fundar a Papa John’s, John Schnatter tinha um grande orgulho na garagem: um Chevrolet Camaro Z28 1971, seu companheiro de juventude e símbolo de liberdade. Era o tipo de carro que marca uma vida, ronco forte, visual imponente, presença de sobra. Mas em 1984, diante da falta de capital para iniciar seu negócio, Schnatter tomou uma decisão que dói só de imaginar: vendeu o Camaro para arrecadar pouco mais de US$ 2.800, dinheiro suficiente para comprar o primeiro forno e montar sua pequena pizzaria nos fundos de uma taverna.
A Papa John’s nasceu, literalmente, a partir da renúncia de um clássico. E como cada antigomobilista sabe, qualquer carro pode ser substituído, menos aquele que guarda uma história. Durante anos, Schnatter continuou lembrando do Camaro e, mesmo após transformar a Papa John’s em uma marca global, nunca esqueceu o sacrifício que fez. O carro se tornou quase um símbolo de tudo o que ele abriu mão para seguir adiante.
Décadas depois, com a empresa já consolidada, ele iniciou uma busca pessoal que ganhou apoio de fãs, colecionadores e entusiastas nos Estados Unidos: encontrar o Camaro perdido. Anúncios foram publicados, recompensas oferecidas, investigações mobilizadas… até que, em 2009, a história ganhou um final digno de cinema. O carro finalmente foi localizado no estado de Kentucky, ainda preservando boa parte de suas características originais. Schnatter não hesitou: comprou o carro de volta, restaurou cada detalhe com cuidado e devolveu àquele Z28 o brilho e o respeito que merecia.
Hoje, o Camaro está em exposição permanente em uma das unidades da Papa John’s, como um tributo ao início humilde da marca e um lembrete silencioso de que grandes sonhos às vezes exigem grandes sacrifícios. O carro se tornou uma peça de museu viva, não apenas pela beleza ou pela raridade, mas pelo significado profundo que carrega. Para o antigomobilismo, essa história é um lembrete poderoso: automóveis não são apenas máquinas. São capítulos inteiros de vida. E alguns, como o Camaro de Schnatter, têm a capacidade única de voltar para casa — mesmo depois de muitos anos rodando pelo mundo.
A grandeza da Papa John’s, hoje presente em mais de 5 mil unidades ao redor do mundo, torna essa história ainda mais simbólica. Pensar que uma rede bilionária começou graças ao sacrifício de um único carro reforça o quanto pequenas decisões podem ter impactos imensos. O Camaro Z28, que um dia foi vendido por necessidade, acabou se revelando o “investidor inicial” de uma das marcas de pizza mais conhecidas do planeta.
E quando se olha para o panorama geral, fica claro que aquele Camaro representava mais que um bem material. Ele foi o pontapé inicial de uma jornada empreendedora que transformou uma pizzaria improvisada nos fundos de uma taverna em uma gigante global. Sem o valor obtido com a venda do carro, talvez a história da Papa John’s tivesse sido completamente diferente. É como se o espírito do automóvel, ousado, veloz, destemido, tivesse impulsionado os primeiros passos da empresa.
O mais curioso é que o Camaro Z28 1971 não é apenas importante para a história da Papa John’s, mas também é um ícone absoluto da cultura norte-americana. Ele representa a alma do muscle car: potência, liberdade, expressão individual, juventude e movimento. É o tipo de carro que sintetiza o imaginário americano, o mesmo espírito empreendedor que levou Schnatter a arriscar tudo pelo sonho de construir algo maior. Por isso, ver o carro exposto hoje não é apenas ver um clássico restaurado; é ver um símbolo de superação, coragem e da profunda ligação entre os automóveis e a cultura dos Estados Unidos.

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