Federação Paulista de Antigomobilismo

Por onde andou a Brasília Amarela

O clássico da VW passou a fazer parte da cultura popular, graças a irreverente banda Mamonas Assassinas!

O lançamento da cinebiografia da banda Mamonas Assassinas conquistou a maior bilheteria no dia de estreia de um filme brasileiro desde 2020. Sob o título “Mamonas Assassinas: O Filme”, a produção estreou em 1.054 salas e 695 cinemas na última quinta-feira (28), marcando o maior lançamento desde o início da pandemia e o terceiro maior dos últimos cinco anos.

Os dados fornecidos pelo Iboe/Rentrak e divulgados pela Sinny Assessoria revelam o sucesso expressivo do filme. Com direção de Edson Spinello e roteiro assinado por Carlos Lombardi, a cinebiografia narra a fascinante jornada da banda que deixou uma marca indelével no cenário musical brasileiro, sendo um dos maiores fenômenos do rock no país. O elenco, composto por Ruy Brissac, Rhener Freitas, Adriano Tunes, Robson Lima e Beto Hinoto, dá vida aos músicos Dinho, Sérgio Reoli, Samuel Reoli, Júlio Rasec e Bento, proporcionando uma experiência envolvente aos espectadores.

(Foto: Divulgação oficial com elenco principal do filme)

 A BRASILIA AMARELA

Com toda certeza, após o surgimento da banda Mamonas Assassinas, todos os brasileiros passaram a conhecer o modelo da Volkswagen chamado Brasília, mas com um atributo a mais, a cor Amarela; A Brasília já era um carro popular antes mesmo de ser citada em qualquer música, porém foi no ano de 1995, que o grupo Mamonas Assassinas lançou um grande hit chamado “Pelados em Santos”,  nessa música romântica e irreverente, a Brasília é citada diversas vezes, como uma certa importãncia e protagonismo; Com o sucesso do grupo, o carro se tornou cada vez mais popular, e ocupou a posição de “símbolo” da banda, uma espécie de mascote oficial.

O veículo apresentava diversas modificações, ou seja, não era um veículo totalmente original, e nos dias de hoje talvez não seria aprovado em um processo de certificação de originalidade, porém o veículo na época representava o “popular”, relacionado a pessoas mais humildes sem grande poder de compra, além de um visual que representava a irreverência e a rebeldia da juventude; Tais atributos agradaram o gosto popular, e a Brasília Amarela em pouco tempo virou uma bandeira de representação na sociedade.

(Foto: Set de gravações do clip de "Pelados em Santos", sucesso da banda)
(Foto: Veículo restaurado, utilizado nas gravações do filme)

ACIDENTE ENVOLVENDO A BANDA

Infelizmente, em 1996, um ano do grande sucesso que levou o grupo ao auge e tornou a Brasília popular e conhecida, o grupo sofreu um grave acidente de jatinho, que acabou vitimando todos os integrantes da banda. Foi um grande choque para a indústria musical brasileira, e para toda a legião de fãs que acompanhavam frequentemente o Mamonas Assassinas. Por outro lado, o acidente ajudou a concretizar cada vez mais as músicas, que passaram a ter um valor sentimental maior após o ocorrido. Consequentemente, a música continuou sendo passada através de gerações, mantendo a sua fama por décadas, sendo uma representação da cultura POP da música brasileira.

O QUE ACONTECEU COM A BRASILIA AMARELA?

Durante as gravações do clipe “Pelados em Santos”, uma Brasília Amarela caracterizada ao pé da letra, foi usada, e após o acidente dos Mamonas, o carro mais famoso do país passou por diversos perrengues. A princípio, a Brasília foi sorteada por Gugu Liberato em seu programa no SBT, e acabou indo para um morador do Rio de Janeiro, porém, um tempo depois, o carro foi apreendido com documentos vencidos e foi levado para o pátio do Detran.

A Brasília ficou abandonada por quase dez anos, porém em 2015, a Família de Dinho comprou o carro, e fizeram uma restauração no veículo. Atualmente o pai do vocalista falecido, Dinho, é o detentor da Brasília Amarela original.

(Foto: Brasília Amarela usada nas gravações do filme, presente no evento com apoio da FPA em Breagança Paulista)

DE VOLTA A PISTA

Após anos de encontros e desencontros, a clássica Brasília Amarela está de volta ao circuto da cultura POP; Recentemente o modelo utilizado nas gravações do filme, esteve presente no evento Antigos de Bragança, apoiado pela FPA, que acontece em Bragança Paulista. Como já era esperado a “amarelinha” foi um dos grandes sucessos entre o público, requisitada para fotos e perguntas ao proprietário.

Para quem é fã da banda Mamonas Assassinas, assim como nós da FPA, temos uma ótima notícia, o modelo estará presente em exposições em alguns cinemas em shoppings de São Paulo, promovendo filme; É uma grande oportunidade para você ver de perto essa lenda, além de prestigiar o filme, conhecendo detalhes da vida dos 5 garotos de Guarulhos. VALEEEU!

 

Gostou do conteúdo? Compartilhe!

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp

Renault se inspira nos anos 70

O mundo do automóvel sempre esteve em constante evolução, mas alguns designs parecem desafiar o tempo, evocando emoções e paixões mesmo décadas após seu lançamento. O Renault 17, um clássico francês dos anos 1970, foi um desses carros que conquistou admiradores por seu design único e esportividade. Agora, o modelo renasce em uma versão moderna e sustentável, batizada de “R17 Electric Restomod”, que une o charme vintage ao futuro da mobilidade elétrica.

Leia mais »

Homenagem aos Antigomobilistas na Câmara Municipal de Goiânia

Na noite de ontem, 9 de setembro, a Câmara Municipal de Goiânia foi palco de uma cerimônia especial: uma sessão solene em homenagem com recebimento do Diploma de Honra ao Mérito aos antigomobilistas da região, reafirmando a importância desse movimento cultural para a cidade e o país. A celebração já faz parte do calendário oficial de Goiânia, graças a uma iniciativa do vereador Lucas Kitão, ele mesmo um entusiasta dos veículos clássicos e membro da Associação dos Proprietários de Carros Antigos de Goiás (APCAR), filiada à Federação Paulista de Antigomobilismo (FPA).

Leia mais »

7 de Setembro e os Guardiões da Memória Automotiva

No Brasil, o Dia da Independência não é apenas um momento para relembrar a história do país, mas também para celebrar ícones que, de certa forma, representam um pedaço importante dessa trajetória. Entre bandeiras e desfiles, os carros clássicos nacionais surgem como verdadeiros guardiões de uma memória que vai além do motor, despertando nostalgia e orgulho nos corações dos brasileiros. Modelos como o Opala, Brasília, Fusca, Maverick e outros veículos que marcaram gerações são vistos como símbolos de uma época de sonhos, conquistas e, claro, independência.

Leia mais »

VW Variant 1971 em condição de 0km

O Volkswagen Variant, mais conhecido como VW 1600, é um verdadeiro ícone na história automotiva brasileira. Lançado em dezembro de 1968, o modelo rapidamente se destacou no mercado, conquistando um lugar cativo no coração dos brasileiros ao lado de lendas como o Fusca e a Kombi. Recentemente, o renomado caçador de raridades, Reginaldo de Campinas, fez uma descoberta que causou um verdadeiro frisson entre entusiastas e colecionadores: uma VW Variant 1971 em estado de 0km, com apenas 3 mil quilômetros rodados.

Leia mais »

Antigomobilismo patrimônio da UNESCO

A Federação Internacional de Veículos Antigos (FIVA) desempenhou um papel crucial nessa valorização histórica. Ao longo dos anos, a FIVA tem trabalhado incansavelmente para preservar e promover a herança automotiva, ampliando o intercâmbio cultural entre os 64 países onde está representada. Este esforço global uniu entusiastas e colecionadores em torno de um objetivo comum: manter viva a história dos automóveis e sua influência em nossas vidas.

Leia mais »