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Com faturamento anual de R$ 32,6 bilhões Antigomobilismo segue em expansão no Brasil

O segmento de carros antigos cresce cada vez mais no país, atraindo jovens colecionadores e impulsionando o setor de restauração e eventos especializados.

A cultura do antigomobilismo, que envolve a comercialização e a coleção de veículos antigos, tem se consolidado como uma prática crescente no Brasil. De acordo com um levantamento realizado pela JDA Research, sob a solicitação da Federação Internacional de Veículos Antigos (FIVA), esse mercado movimenta cerca de R$ 32,6 bilhões por ano no país. Os dados incluem gastos diretos, como manutenção (R$ 16,1 bilhões), comércio de carros antigos (R$ 12,3 bilhões), eventos especializados (R$ 3,5 bilhões) e despesas indiretas, como as mensalidades de clubes (R$ 768 milhões).

(Foto: Evento de Antigomobilismo no Estado de São Paulo ©2024 Federação Paulista de Antigomobilismo. Todos os direitos reservados)

Os números surpreendem

O Brasil conta com aproximadamente 3,2 milhões de veículos históricos, pertencentes a 1,2 milhão de colecionadores, com uma média de 2,7 carros antigos por colecionador. Esses veículos representam cerca de 3% da frota total do país. Marcas como Volkswagen e Chevrolet são responsáveis por 40% dos carros clássicos em circulação.

Minas Gerais se destaca como um dos estados com o maior acervo de veículos antigos, sendo reconhecido pelo grande número de carros raros. No entanto, São Paulo e os estados da região Sul lideram em termos de clubes e raridades. Essas regiões são conhecidas por sua tradição no antigomobilismo, com um movimento bem estruturado e enraizado.

Uma paixão de Pai para Filho que atravessa o tempo

A paixão dos brasileiros por carros antigos tem raízes profundas, frequentemente associada à memória afetiva e à história pessoal. Nos anos 1970 e 1980, era comum que um veículo permanecesse por anos na mesma família, criando um vínculo emocional que perdura até hoje. Esse sentimento é fortalecido por encontros de antigomobilismo, especialmente nos últimos 15 anos, que têm ajudado a difundir a cultura. A média de tempo que os proprietários mantêm seus carros antigos é de 11 anos, com uma média de 779 km rodados por ano para carros e 361 km para motocicletas históricas.

A pesquisa também revela que a média de idade dos colecionadores brasileiros é de 52 anos. A maioria dos antigomobilistas (79%) é associada a algum clube de carros antigos e participa de eventos do segmento (88%). Os carros antigos têm se valorizado consideravelmente, superando muitas outras formas de investimento financeiro. Nos últimos anos, no entanto, o perfil dos colecionadores tem mudado. A faixa etária mais jovem, entre 30 e 50 anos, tem se tornado a principal força do mercado, enquanto os mais velhos, que colecionavam carros de décadas passadas, estão menos presentes em eventos e raramente dirigem seus veículos.

Em Minas Gerais, a tradição de colecionar carros antigos é forte, especialmente em Belo Horizonte, onde a demanda por esses veículos tem crescido, especialmente após a pandemia. Vale observar que, além de colecionadores mais velhos, um público jovem tem se interessado por carros antigos para o uso diário. No entanto, que quem realmente investe no mercado de restauração está menos focado em eventos e mais no aspecto técnico do trabalho.

(Foto: Evento de Antigomobilismo no Estado de São Paulo ©2024 Federação Paulista de Antigomobilismo. Todos os direitos reservados)

O proprietário de um carro antigo no Brasil gasta, em média, R$ 27,2 mil por ano com manutenção, restauração e operação do veículo, sendo que a média anual destinada à restauração é de R$ 13,4 mil.

Apesar dos desafios enfrentados pelos proprietários de veículos antigos, como a escassez de peças e de profissionais especializados, além do tráfego nas grandes cidades, a tendência é que o mercado continue crescendo. Para manter um veículo histórico em boas condições, é recomendada a utilização regular, já que carros parados tendem a apresentar mais problemas.

Do ponto de vista comercial, o mercado de restauração tem se mostrado promissor. Com a crescente demanda, há inúmeras oportunidades para os empresários do setor. Contudo, para ter sucesso, é essencial contar com estrutura, profissionais qualificados e compromisso. Caso contrário, há o risco de prejudicar a reputação do negócio e perder clientes.

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