Federação Paulista de Antigomobilismo

Curiosidades

Curiosidades do primeiro Rock in Rio

Por que um Passat branco teve tanta importância no início dessa grande história?

No último final de semana (22/09), chegou ao fim a décima edição do mais famoso festival de música da américa latina, e um dos maiores e mais famosos do mundo, o Rock in Rio. A ediçã 2024 marcou também os 40 anos do festival, um megaevento que colocou o Rio de Janeiro no centro das atenções, mas também projetou o Brasil nas principais turnês musicais internacionais. Durante todas as suas 10 edições o evento foi acumulando histórias, recordes e curiosidades. A primeira edição em 1985, talvez seja a passagem com mais curiosidades e grandes histórias, talvez por se tratar do “primeiro”, um projeto desacreditado, que mesmo sob desconfiança e falta de apoio conseguiu sair do papel. E nós vamos trazer dessas histórias de forma breve nessa matéria.

(Foto: Vista aérea do terreno da Ilha Pura, em Jacarepaguá, tomado pelo público em 1985)

Roberto Medina, o publicitário responsável por trazer Frank Sinatra ao Brasil em 1980, enfrentou muitos desafios até conseguir tornar seu sonho realidade. Antes do lançamento do primeiro Rock in Rio, ele se sentia desanimado com a situação do país e considerava se mudar para o exterior. Porém, sua esposa, Maria Alice, o convenceu a permanecer e lutar por uma nova era de redemocratização, o que despertou uma ideia audaciosa: criar um festival que reunisse estrelas internacionais e os grandes nomes do rock e pop nacional.

Muitas pessoas consideraram essa ideia uma loucura. Na época, o Brasil não tinha a infraestrutura necessária e muitos artistas internacionais já haviam passado por experiências desastrosas no país. Esses episódios deixaram uma imagem negativa, o que tornava ainda mais difícil a realização do festival.

Após diversas tentativas frustradas de conseguir apoio nos EUA, Medina encontrou a chave para o sucesso. Com a ajuda de um empresário de Sinatra, organizou um coquetel em Los Angeles para a imprensa musical, conseguindo assim atrair a atenção necessária para o evento. As reportagens positivas resultantes facilitaram a convocação das maiores atrações internacionais.

(Foto: Roberto Medina, celebra ao lado de Frank Sinatra em um dos encontros que contribuíram com a realização do Rock in Rio)

Uma das curiosidades contratuais mais memoráveis foi o acordo feito com Ozzy Osbourne, que proibia o roqueiro de morder animais em cima do palco, uma referência ao infame incidente de 1982, quando ele arrancou a cabeça de um morcego, pensando que era um brinquedo.

De volta ao Brasil, Medina encontrou uma solução financeira ao fechar um patrocínio com a cervejaria Brahma. Assim, o primeiro Rock in Rio tornou-se viável. O local escolhido para o evento foi um vasto terreno em Jacarepaguá, que exigiu uma estrutura monumental para acolher cerca de 150 mil pessoas por dia.

O desafio era enorme: o terreno precisava ser preparado rapidamente, e foram utilizados 13 mil metros cúbicos de aterro, transportados por uma frota de 71 mil caminhões. Para garantir água e saneamento, foram realizadas diversas obras, incluindo a construção de uma lagoa de estabilização.

No entanto, Medina estava preocupado com o andamento das obras e chegou a considerar o cancelamento do festival. Tudo mudou quando três jovens pararam seu carro em um Passat Branco e expressaram sua gratidão por terem a oportunidade de ver seus ídolos. Essa interação revitalizou sua determinação, levando à triplicação do número de operários no dia seguinte.

(Foto: Espaço 'instagramável' no Rock in Rio 2024 relembra a lenda do Passt branco)

A obra enfrentou obstáculos políticos, incluindo um embargo do governador Leonel Brizola, mas Medina conseguiu o apoio crucial de Tancredo Neves, que se tornaria presidente e intercedeu pela realização do festival. Com o apoio adequado, as obras foram concluídas em novembro de 1984, a poucos dias da grande abertura.

Finalmente, no dia 11 de janeiro de 1985, o primeiro Rock in Rio começou pontualmente. Ney Matogrosso fez um show inesquecível, seguido por grandes nomes como Queen e AC/DC. O festival provou que era mais do que rock; com uma diversidade musical impressionante, tornou-se um símbolo de paz e celebração.

Após mais de 37 anos, o Rock in Rio já contabiliza 22 edições e quase 2.400 artistas, atraindo mais de 10 milhões de pessoas ao longo de sua história. Essa jornada, marcada por momentos icônicos como o encontro dos jovens no Passat Branco, continua a celebrar a música e a união de gerações.

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