
O Honda NSX de Ayrton Senna está a venda!
O Honda NSX vermelho em questão é uma peça icônica da história automobilística e do legado de Ayrton Senna, reverenciado
Entre mudanças no mercado, cultura automotiva e memória afetiva, os utilitários esportivos conquistaram espaço, e corações maternos.
Por muito tempo, os carros familiares eram representados por peruas, minivans ou sedãs espaçosos. Mas ao longo das últimas décadas, um novo protagonista estacionou na garagem do imaginário coletivo: o SUV, sigla para Sport Utility Vehicle, ou, como ficou popularmente conhecido no Brasil, o “carro de mãe”.
O apelido carrega afeto, mas também contexto. Para entender por que essa associação pegou tão forte, é preciso olhar para trás, para a evolução do consumo automotivo, o comportamento das famílias e o papel social das mães contemporâneas.
Durante as décadas de 1970 e 80, era comum que mães brasileiras dirigissem modelos como a Chevrolet Caravan, a Ford Belina ou a Volkswagen Variant, carros espaçosos, de três volumes, que cumpriam bem a função de transportar a família inteira, compras do mês e mochilas escolares. Mas com o tempo, essas peruas deram lugar a uma nova demanda do mercado: veículos que unissem robustez, espaço e versatilidade, sem perder o estilo.
Foi nos anos 1990 que os primeiros SUVs começaram a aparecer com mais força no Brasil. Embora ainda caros e restritos a um público mais seleto, modelos como o Mitsubishi Pajero, o Jeep Cherokee Limited e o Honda CR-V trouxeram uma proposta inédita: a união entre aparência forte e interior confortável. Essa combinação atraiu, principalmente, o público feminino urbano, que buscava carros altos, seguros e com melhor visibilidade para enfrentar o trânsito caótico das cidades grandes.
Ao passo que as famílias mudavam, as mães também. A mulher moderna assumia múltiplos papéis, profissional, mãe, motorista, gestora do lar, e precisava de um carro que acompanhasse essa rotina multifacetada. Entram então em cena os SUVs compactos, como o Ford EcoSport (um marco no Brasil no início dos anos 2000), o Renault Duster, e, mais recentemente, o Chevrolet Tracker, o Jeep Renegade e o VW T-Cross.
Esses modelos ofereciam o pacote perfeito: dirigibilidade fácil, bancos mais altos (ótimos para instalar cadeirinhas de criança), amplo espaço interno, porta-malas generoso e uma sensação de segurança que virou sinônimo de cuidado. O SUV passou a representar, de maneira simbólica, o “abraço protetor” da mãe moderna, e daí nasceu, quase naturalmente, o título carinhoso de “carro de mãe”.
Vale lembrar que, muito antes da sigla SUV se popularizar, a rainha das ruas familiares era a Kombi. E nesse ponto, toda homenagem é pouca.
Nos anos 70, 80 e 90, muitas mães dirigiam Kombis escolares, transportavam os filhos dos amigos, levavam brinquedos, compras, malas, e ainda sobrava espaço para uma viagem de fim de semana. A Kombi foi o primeiro “carro multitarefa” do Brasil, e talvez o mais maternal de todos, não pelo visual, mas pela missão.
Hoje, modelos clássicos como a Kombi e as antigas peruas são celebrados nos encontros de antigomobilismo como símbolos de uma época em que carro e família eram quase a mesma coisa. Cada banco contava uma história, cada risco no para-choque era uma memória.
O mercado também percebeu esse movimento. Montadoras passaram a desenvolver campanhas voltadas ao público feminino e materno. Comerciais mostravam mulheres confiantes ao volante, dirigindo em cenários urbanos com filhos no banco de trás — uma quebra de paradigma em relação à publicidade automotiva tradicional, quase sempre voltada a homens e performance.
Além disso, o design dos SUVs evoluiu para refletir essa mudança: linhas menos agressivas, tecnologia embarcada, conforto interno e conectividade. O SUV deixou de ser um jipe parrudo de trilha e passou a ser, em muitos casos, um verdadeiro “salão de estar sobre rodas”.
Talvez o que torne o SUV tão vinculado à imagem da mãe seja, no fim, a simbologia que ele carrega. Altos, estáveis, seguros, prontos para encarar qualquer terreno, eles refletem muitas qualidades que vemos nas mães brasileiras: firmeza, resiliência, acolhimento, capacidade de adaptação e amor em movimento.
No universo do antigomobilismo, essas histórias ganham valor especial. Não é raro ver filhos restaurando o carro da mãe com emoção. Ou mães que continuam dirigindo seus clássicos, seja uma Doblò de 2002, uma antiga Kombi ou até mesmo um Opala — sim, porque mãe antigomobilista também existe, e acelera com paixão.
Neste Dia das Mães, mais do que uma categoria automotiva, o SUV representa uma ponte entre gerações. Um símbolo da evolução do papel feminino na sociedade, da forma como as mulheres ocupam o volante da própria história — e também da nossa.
Seja em um Jeep Compass novinho ou em uma Blazer 2.2 que ainda roda firme, o que importa mesmo é o que está dentro: lembranças, histórias e aquele cheirinho de lanche na lancheira.
Porque onde tem SUV, tem rotina. E onde tem rotina com amor, tem mãe.
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